segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Não se ganha campeonato só com 11 titulares

Não gosto quando vejo treinadores falando que já têm o time titular definido.
Isso é um perigo para a desmotivação do elenco.

Em um campeonato (ou em um período de várias disputas simultâneas) os jogadores reservas valem tanto quanto os titulares já que, no período, há contusões, suspensões, má fases, entre outras coisas. Ou seja, o elenco precisa estar TODO em ritmo de jogo e entrosado.
Não dá para escalar sempre os mesmos 11.  É preciso saber trabalhar as substituições durante os jogos, as mudanças táticas necessárias, as variações de jogo, enfim, não dá para fazer isso só com os mesmos 11 toda hora.

Assim sendo, não é uma atitude inteligente quando um treinador afirma a todos que tal jogador é titular absoluto ou que ele vai ser escalado com certeza em tal jogo.

É fundamental que haja competição no grupo, que haja disputa por posições. Desta forma, o elenco vai estar sempre procurando jogar em alto nível e não se dá margem para acomodações.

Portanto, antes de falarmos que tal time tem um elenco forte (ou rico ou recheado de craques, como preferirem) é preciso avaliar o grupo como um todo, ou seja, os tais 11 titulares e mais o restante do grupo.

Para citar alguns exemplos, olhem para as defesas de Grêmio, São Paulo e Botafogo (só para citar alguns). Qual jogador é TOP de linha?
Qual desses times apresenta uma defesa sólida, confiável e consistente?

Então, como pode alguém afirmar que são times com elencos recheados de craques e de destaque se só têm alguns poucos jogadores de ATAQUE (ou de meio de campo) de alto nível?

No futebol atual, tem valido mais a pena fazer um trabalho consistente e global do que pontual focando só em alguns poucos e eternos titulares.

Infelizmente, alguns treinadores brasileiros ainda não aprenderam isso e continuam com o mesmo diálogo de alguns anos atrás.
É hora de mudar e de evoluir, pois nossos times andam gastando demais com um ou outro jogador só porque joga no futebol europeu em vez de investirem no conjunto.

Vale ressaltar que alguns nem saíram daqui como destaque ou como referência e quando cogitam voltar falam que é craque. Será que vale a pena gastar tanto em um só jogador? Não é melhor investir em 3 bons jogadores mais baratos e reforçar vários setores da equipe em vez de um só?

É hora de refletirmos mais sobre o assunto porque sinto que perdemos um pouco a noção da realidade. Hoje, no futebol, fala-se em salários de R$ 300 ou R$ 400 mil como se fosse qualquer trocado e o pior é que estamos pagando isso para jogadores que não valem nem um terço disso.

Aonde vamos parar desse jeito?

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