sexta-feira, 12 de abril de 2013

Ter padrão de jogo é diferente de ter sangue nos olhos

Diferentemente do que afirma grande parte da mídia esportiva brasileira, não acho que o Palmeiras jogou com sangue nos olhos, raça ou qualquer outro adjetivo semelhante.

Quem acompanha o futebol no dia a dia e assiste aos jogos do time sabe bem que o verdão tem jogado um futebol bastante interessante. Joga na frente, com toques rápidos e marcação no campo do adversário.

Se revermos como a equipe jogou os clássicos também veremos que a equipe adotou a mesma postura da partida de ontem contra o Libertad, ou seja, não é que a equipe entrou com mais vontade do que o normal, na verdade, a equipe tem um padrão de jogo e este agrada boa parte dos espectadores.

É o que venho falando há muito tempo. O jeito de jogar, o futebol coletivo, é mais importante, hoje, do que o individualismo.
Enquanto alguns treinadores "renomados" reclamam por reforços de peso e por estrelas, o Gilson Kleina tira leite de pedra e implanta um sistema de jogo efetivo e competente.

Esqueçam aquela derrota para o Mirassol. Aquele resultado é mentiroso já que, para mim, aconteceu mais por motivos de descontentamentos com a diretoria e com os atrasos salariais do que por motivos técnicos ou táticos.


O grande problema do palestra está na falta de um atacante fazedor de gols. A equipe chega ao ataque, cria oportunidades de gol, mas falha nas finalizações. 
O gol de ontem mesmo saiu a partir de um chute completamente torto e errado do Wesley, só para se ter uma ideia.
Imaginem só se a equipe, que está recheada de refugos e juniores, ainda tivesse um goleador. Teria tudo bater em muito time grande e estrelado, não é mesmo?
E ainda tem gente que defende técnico que pede medalhões......

Já falei e repito que não dá mais para ficar dependendo desse ou daquele craque. 
O futebol evoluiu e é preciso saber treinar as equipes para atacar e defender em bloco, em conjunto.

Infelizmente, são poucos os times brasileiros que têm treinadores capacitados e que implantam esta postura. O Palmeiras é um deles. O outro é o Corinthians.
Fora de São Paulo, só vejo o Atlético/MG. O resto está naquele futebol de 1970 e bem ultrapassado de toque de bola na defesa, para lá e para cá, jogo lento e cadenciado que não leva nada a lugar nenhum.

Gostaria de ver um dos treinadores "vencedores" e "multicampeões" pegarem esse mesmo grupo do Palmeiras e fazerem o time praticar o mesmo futebol envolvente que vem jogando e classificar a equipe para o mata-mata da Libertadores. 
Dizer que é "papa-títulos" nas costas das estrelas é fácil. 
Pega esse elenco aí e mostra que é bom para ver se consegue.

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